Estamos em ano de Copa do Mundo e vemos como o Catar conseguiu construir formidáveis estádios, alguns até bem sustentáveis e que serão desmontados após o fim do torneio. Esse período me deixa um pouco nostálgico e me faz lembrar da Copa do Mundo de 2014 que foi no Brasil. Naquela época eu estava no último ano da graduação e estava dando meus primeiros passos na consultoria ambiental. Depois de lembrar disso, me perguntei “Será que a consultoria ambiental ajudou a Copa do Mundo em 2014?”
COMO FOI A COPA?
Se você está aqui é por que ficou curioso com essa notícia. Então vamos lá. Primeiramente, antes de iniciarmos, devemos lembrar que a Copa do Mundo de 2014 foi um evento esportivo feito pela FIFA (Federation International Footbal Association) e o governo brasileiro e que do qual foram gastos R$ 25,5 bilhões, desse valor, R$ 7 bilhões com mobilidade urbana, R$ 8 bilhões com estádios, R$ 6,2 bilhões com aeroportos e R$ 996 milhões com obras de entorno dos estádios. Ela contou com 32 seleções de diversos países do mundo e trouxe momentos de muitas alegrias e tristeza para diversos torcedores.
Oportunidades de trabalho
Com a Copa foram necessárias muitas obras nas doze sedes do evento. Obras como construção de metrôs, novos terminais em aeroportos, modernização de estádios, entre outras coisas. O bacana disso tudo, é que para cada obra, foi necessário licenciamento ambiental para cada uma. Nessa demanda, a consultoria ambiental teve uma oportunidade única de ofertar os seus serviços. Diversos profissionais, tais como biólogos, engenheiros ambientais, geólogos, engenheiros florestais, engenheiros civil e outros profissionais, puderam desempenhar diversas atividades para cumprir as obras no prazo.
Quais foram os projetos realizados?
Como algumas obras foram iniciadas do zero, tais como a Arena Pantanal (Cuiabá), foi necessário buscar vários estudos ambientais que pudesse viabilizar ou não a implantação desses empreendimentos. Para essa viabilização foram solicitados Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), no qual o EIA é um projeto de cunho técnico e focado para a avaliação dos órgãos ambientais. Já o RIMA é um projeto com a linguagem menos técnica e direcionado para o público em geral obter informações sobre os estudos realizados. Dentro do EIA foram levantados os impactos ambientais que as obras ocasionariam nos meios bióticos, físico e socio econômico e direcionou através de programas ambientais possíveis medidas mitigatórias, compensatórias ou potencializadoras.
Qual foi o legado da Copa para a consultoria ambiental?
Com a construção dos estádios e outros itens de infra estrutura, foram gerados muitos impactos sobre o meio ambiente. Algumas das medidas compensatórias foram o plantio de diversas mudas de espécies nativas em áreas localizadas nas sedes da Copa. Outro trabalho importante ofertado é a necessidade dos monitoramentos ambientais, que são obrigatórios para trazer informações e dados importantes sobre como os empreendimentos construídos estão ou não causando impactos sobre os meios biológico, físico e socioeconômico. Diversos profissionais da área ambiental ainda hoje, trabalham nesses projetos de monitoramento garantindo que os impactos ambientais, sejam os menores possíveis.
Como aproveitar uma nova “Copa do Mundo no Brasil”?
Para você que está buscando a sua oportunidade na área ambiental, saiba que o próximo governo federal, está prometendo um investimento massivo do Estado em infraestrutura em todo o Brasil. Essa injeção de dinheiro, trará novas demandas para a área ambiental, projetos consagrados como os EIA/RIMA e os monitoramentos ambientais serão necessários. Além disso projetos ligados a agenda ESG e a redução dos gases de efeito estufa (GEEs) estão cada vez mais sendo buscados pelas empresas e avaliados pelos órgãos ambientais.