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Qual a importância de mapas nos projetos ambientais?

Atualmente, existem uma série de ferramentas que podem ser utilizadas para a confecção de mapas. Pensando nisso, muitos órgãos públicos solicitam nos projetos ambientais os famosos “Mapas georreferenciados”, que tem com objetivo representar uma determinada área de interesse para alguma finalidade. Essas demandas que surgem com base na constante inovação da nossa sociedade, pode abrir margem para alguns questionamentos, como:

  • Estes mapas realmente possuem importância?
  • Mapas auxiliam na compreensão dos componentes geográficos?
  • Por que tenho que saber confeccionar mapas de qualidade?

No decorrer deste texto vamos responder algumas dessas perguntas que podem vir a surgir na sua mente.

O QUE SÃO MAPAS?

Mapas são representações visuais de determinada região geográfica, podendo ser representados em planos 2D ou 3D. Levando em consideração que eles são representações que buscam emular a realidade de um determinado local, são necessários parâmetros e medidas que auxiliam na precisão das informações demonstradas, como:

Escala: A escala serve como base para entender as dimensões do mapa apresentado, permitindo entender as distâncias e o tamanho do território desejado. A falta de escala impossibilita a visão realista do local a ser representado, prejudicando o entendimento dos componentes de interesse e consequentemente induzindo o avaliador do projeto ao erro.

Coordenadas: As coordenadas são divididas em Longitude e Latitude, sendo divididas em diferentes tipos (UTM, Graus Minutos e Segundos, WPS), cada órgão ambiental pode se basear em um determinado tipo de coordenada, sendo necessário ocorrer o alinhamento dos seus mapas com essas demandas, para facilitar o trabalho dos avaliadores do projeto.

Pontos cardeais: Os mapas geralmente devem possuir alguma representação que demonstre a sua posição com relação aos pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste), em alguns programas os mapas já são orientados para o Norte, mas caso o contrário, é necessário informar, para evitar possíveis erros por parte dos avaliadores dos projetos ambientais.

LEMBRE-SE O SEU MAPA NÃO É APENAS UMA FIGURA, na verdade ele tem que ser um retrato muito preciso da realidade.

IMPORTÂNCIA DOS MAPAS

Os órgãos ambientais municipais, estaduais e federais possuem termos de referência, que norteiam a escrita e a elaboração dos projetos ambientais, sendo em muitos casos obrigatória a presença dos mapas, que permitem a observação dos componentes demandados, sejam eles abióticos ou bióticos.

A grande importância dos mapas vem justamente do fato, dele servir como ferramenta para auxiliar na compreensão dos avaliadores do projeto, influenciando de maneira indireta nas decisões dos órgãos ambientais, além de facilitar o trabalho dos técnicos responsáveis.

Os mapas bem confeccionados que fogem da simplicidade e que possuem rigor técnico e uma boa estética, também passam uma imagem profissional, denotando capricho e o domínio do consultor ambiental no que ele se propõe a fazer.

Um mapa bem produzido, sempre é bem visto pelos clientes e técnicos ambientais.

QUALIDADE NA COLETA DE DADOS

Os mapas diferentemente das figuras, devem ser baseados na realidade do local geográfico, sendo assim, seus componentes devem possuir coordenadas geográficas, que podem ser coletadas em campo e em raros casos essas informações podem ser retiradas somente via satélite, afinal, as imagens de satélite nem sempre estão atualizadas e permitem uma boa visualização das condições ambientais de um determinado ambiente.

As coletas das coordenadas em campo podem ser feitas utilizando GPS, aplicativos de celular e drones, garantindo que o mapa a ser feito, tenha relação direta com os reais componentes da área.

Nem sempre as coordenadas serão exatas, podendo apresentar imprecisões de alguns metros, devendo tais erros serem minimizados. Algumas ferramentas podem atuar como auxiliadoras para diminuir os erros das coordenadas, sendo elas: fotos de satélite ou dados geoespaciais disponibilizados online (KML, SHAPEFILLE, GeoPackage).

SOFTWARES

Geoprocessamento e tecnologias SIG

Hoje muitos programas são utilizados para confeccionar mapas, são baseados em tecnologias SIG (Sistema de Informação Geográfica). Os softwares baseados nessa tecnologia fornecem inúmeras ferramentas para os seus usuários, permitindo: criar mapas, gerar dados, realizar análises, utilizar ferramentas de processamento, manipular as informações e armazenar dados.

Programas a serem utilizados: Vantagens e desvantagens

Os principais programas utilizados para a confecção dos mapas são:

QGIS ou Quantum Gis – Este programa foi criado por Open Source Geospatial Foundation (OSGeo) possuindo inúmeras ferramentas e complementos que podem ser adicionados pelo usuário facilitando na compreensão. Cada mapa criado está dentro de um projeto.

Este Programa permite a modificação dos mapas, modificação de cores, criação de polígonos linhas e pontos. Com ferramentas completas que podem facilitar e muito na confecção.

Vantagens:

  • Muitas ferramentas;
  • Permite a criação de mapas de boa qualidade;
  • Gratuito;
  • Tem atualizações constantes e várias versões;
  • Várias imagens de satélite e estilos de mapas podem ser criadas.
  • Dá para salvar os componentes do mapa em distintos formatos.

Desvantagens:

  • Possuem muitos bugs principalmente no modo “Compositor de impressão”;
  • Algumas ferramentas são limitadas e não funcionam corretamente;
  • Interface pouco intuitiva, dificultando a vida de novos usuários (Use e abuse do youtube).
  • A última versão disponibilizadas no site, geralmente apresentam bugs e problemas nas suas ferramentas.

ARCGIS – Este programa foi idealizado pela empresa ESRI, possuindo ferramentas e complementos diferenciados e mais completos do que a maior parte dos programas de georreferenciamento. Devido a grande complexidade dos seus pacotes e as inúmeras funcionalidades, este programa é pago.

Vantagens:

  • É possível colocar vários mapas dentro de um mesmo projeto;
  • Muitos complementos e muitas ferramentas;
  • Leque de ferramentas mais robusto que o QGIS e o Google Earth Pro.
  • Poucos bugs e erros;
  • Permite a criação de mapas com excelente qualidade;
  • Passa por constantes atualizações;

Desvantagens:

  • É um programa pago, com valores não tão acessíveis para todos os públicos.

Google Earth ProPermite a criação de mapas com rigor técnico demandado, atendendo em muitos casos o que é solicitado pelo órgão ambiental.

Vantagens:

  • Prático e intuitivo
  • Imagens satélite atualizadas, permitindo visualizar imagens de anos anteriores
  • Gratuito
  • Permite encontrar pontos com base em Endereços, sem necessitar de coordenadas;

Desvantagens

  • Poucas ferramentas e poucas possibilidades de edição;
  • Existem muitas demandas que não são atendidas pelo programa, devido ao baixo número de ferramentas;
  • Limitação de número de formatos que podem ser salvos;

APLICAÇÃO EM PROJETOS AMBIENTAIS

Para garantir que os seus projetos ambientais passem uma boa imagem profissional, invista sempre na melhoria dos seus mapas, seja do ponto de vista técnico ou do ponto de vista estético. Mapas mais bonitos e com o rigor técnico adequado, podem servir como um bom diferencial, denotando para os visualizadores dos projetos (clientes e avaliadores ambientais) o quão bom e profissional você é como consultor ambiental.

“TODOS OS PROFISSIONAIS CONSEGUEM FAZER MAPAS TÉCNICOS, MAS MAPAS BONITOS E COM RIGOR TÉCNICO, SÃO PARA POUCOS…INVISTA NESSA COMPETÊNCIA”.

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