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Saúde da arborização urbana: o desafio para proteger as árvores das cidades

A fitossanidade das árvores na arborização urbana desempenha um papel crucial na saúde e na qualidade de vida dos cidadãos. No geral a avaliação da fitossanidade, é uma ferramenta importante para prevenir, controlar e mitigar, doenças, pragas e outros problemas que podem afetar as árvores urbanas.

Manter a fitossanidade das árvores é essencial por diversas razões. Primeiramente, árvores saudáveis contribuem para a melhoria da qualidade de vida em ambiente urbano, diminuindo a temperatura, capturando dióxido de carbono e emitindo oxigênio durante a fotossíntese. Além disso, árvores bem cuidadas conseguem sobreviver por mais tempo, fornecendo seus serviços ambientais e contribuindo para a qualidade de vida da fauna urbana e dos cidadãos.

Figura 02: Maritaca em ipê-amarelo. Fonte: Flickr

PRINCIPAIS AMEAÇAS

Para garantir um bom estado fitossanitário, é necessário adotar várias práticas e estratégias. A poda regular ajuda a remover galhos doentes, fracos ou mortos, promovendo o crescimento saudável e reduzindo o risco de quedas perigosas. O controle de pragas e doenças é igualmente importante, muitas vezes envolvendo a aplicação de tratamentos específicos e ações preventivas, como monitoramento constante e escolha adequada das espécies.

As práticas de manejo inadequadas, como as podas, também é um desafio para a manutenção da qualidade da arborização urbana, pois diminuí o tempo de vida e contribui para o surgimento de outros problemas, como: brotações excessivas, desequilíbrio da copa e colonização de patógenos.

Além disso, a escolha de espécies nativas e adaptadas ao ambiente urbano pode aumentar a resistência das árvores a problemas específicos da região, reduzindo a necessidade de intervenções constantes. O manejo adequado do solo, a irrigação e a proteção das raízes contra compactação são práticas complementares que desempenham um papel fundamental na fitossanidade, principalmente nas etapas iniciais do desenvolvimento das árvores.

Outro fator de suma importância, é que as árvores precisam de espaço para crescer e projetar suas raízes. Alguns moradores acabam cimentando a base das árvores contribuindo para o aumento dos riscos associados ao tombamento e impedindo que o indivíduo arbóreo consiga ter acesso a água, oxigênio e outros nutrientes.

Figura 03: Poda drástica com brotações. Fonte: Prefeitura de Araras

A escolha das espécies arbóreas também deve ser uma preocupação, pois algumas espécies não são adequadas para a arborização urbana, sendo suscetíveis a patógenos, caindo precocemente e até mesmo conflitando com edificações e fiações, sendo de maneira consequente manejadas por meio de podas de galhos e raízes, o que diminuí o seu tempo de vida e facilita ainda mais que ocorram novos acidentes.

CONSCIENTIZAÇÃO PÚBLICA

Promover a conscientização pública sobre a importância da fitossanidade também é essencial. Isso pode incentivar os cidadãos a relatarem problemas nas árvores e a adotarem práticas que ajudem a mantê-las saudáveis.

Em resumo, a fitossanidade das árvores na arborização urbana é um fator determinante para garantir que as cidades continuem a colher os benefícios das árvores, como a melhoria da qualidade do ar, a redução das temperaturas urbanas, o apoio à biodiversidade e o aumento do bem-estar humano. Portanto, investir na saúde das árvores urbanas é uma decisão sábia e necessária para o presente e o futuro das áreas
urbanas em todo o mundo.

Em um cenário mundial, marcado por mudanças climáticas extremas, é importante contar com o máximo de aliados para melhorar a qualidade de vida em ambiente urbano. Neste contexto, as árvores ocupam um importante papel.

Figura 04: Arborização urbana, fornecendo sombra e conforto térmico. Fonte: Prefeitura de Curitiba

TÉCNICAS DE MONITORAMENTO E IDENTIFICAÇÃO

A identificação dos problemas fitossanitários, deve ser realizada por profissionais habilitados, que poderá realizar sua avaliação baseada em critérios visuais, superficiais ou por meio de tomógrafos. Muitos dos técnicos, utilizam como critério formulário e tabela que são disponibilizadas por organizações internacionais especializadas em arborização urbana, como é o caso da ISA (Internacional Society of Arboriculture).

Fonte: Prefeitura de São Paulo

As árvores podem acabar caindo por distintos fatores, seja pela influência de ventos e tempestades, questões de desequilíbrio das copas. É papel do técnico dimensionar e fazer uma análise de riscos, verificando se os indivíduos arbóreos analisados devam ser suprimidos ou mantidos.

Existem vários trabalhos acadêmicos (artigos científicos), que avaliaram a arborização urbana de cidades, verificando quais foram os fatores mais preocupantes e elencando qual a gravidade dos problemas e o seu potencial de recuperação. Caso queira, se especializar é uma boa alternativa, procurar por esses trabalhos em plataformas científicas (Google Acadêmico, Scielo, entre outras).

LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÕES:

Nem todos os municípios permitem que os cidadãos realizem a poda das suas árvores e outras práticas de manejo, sendo assim é importante verificar a legislação que o seu município utiliza como base. Evitando deste modo, multas e problemas com a legislação.

“É um exemplo de cidadania, proteger a arborização e zelar pelo bem estar de todos.”

Texto escrito por: Clayton da Broi

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